Luís Fernando Beneduzi, Annarita Gori, Camillo Robertini
Los regímenes autoritarios, tanto en el espacio ibérico como en el latinoamericano, han sido objeto de numerosos estudios tanto en el ámbito de las ciencias sociales como de las humanísticas. A lo largo de los años, nos hemos interrogado acerca de la naturaleza de las dictaduras, de los mecanismos de la represión y sobre el destino de sus víctimas. Han sido muchas las investigaciones que han intentado responder a una necesidad concreta: no olvidar una de las más oscuras páginas de la historia del subcontinente latinoamericano y de la Península Ibérica. En los últimos años, sin embargo, cuestiones como el negacionismo de las dictaduras, el número de las víctimas de los procesos dictatoriales, o el surgimiento de movimientos nostálgicos de Videla, Pinochet o Franco han generado nuevas lecturas políticas acerca de esos fenómenos históricos. El pasado, de esta forma, se ha cargado de un significado nuevo, capaz de determinar nuevas agendas, narrativas y simbologías útiles para los nuevos movimientos liberales y autoritarios. Este dossier coloca el acento sobre estas problemáticas, reconociendo que la relación entre pasado y presente está sujeta a cambios permanentes y que la percepción de la historia y el significado a ella atribuida por las sociedades también cambia.
Os regimes autoritários, tanto no espaço ibérico como naquele latino-americano, foram objeto de numerosos estudos, seja nas ciências sociais seja nas ciências humanas. Ao longo dos anos, tem sido questionada a natureza das ditaduras, os mecanismos de repressão e o destino de suas vítimas. Muitas pesquisas tentaram responder a uma necessidade específica: não esquecer uma das páginas mais obscuras da história do subcontinente latino-americano e da Península Ibérica. Nos últimos anos, porém, questões como a negação das ditaduras, o número de vítimas dos processos ditatoriais, assim como o aparecimento de uma ideia de “ditabranda”, ou o surgimento de movimentos nostálgicos de Videla, Pinochet ou Franco, geraram novas leituras políticas sobre estes fenômenos históricos. O passado foi assim carregado com um novo significado, capaz de determinar novas agendas, narrativas e simbolismos úteis para os novos movimentos liberais e autoritários. Este dossiê enfatiza estas questões, reconhecendo que a relação entre passado e presente está sujeita a mudanças frequentes e que a percepção da história e o significado atribuído a ela pelas sociedades também muda.
Authoritarian regimes in the Iberian and Latin American world have been the subject of different studies in the social sciences and humanities. Throughout the years, we have questioned ourselves about the nature of dictatorships, the mechanisms of repression and the fate of their victims. There have been many investigations that have tried to respond to a specific need: do not forget one of the darkest pages of the history of the Latin American subcontinent and the Iberian Peninsula. In recent years, phenomena such as the denial of dictatorships or the number of victims that occurred during dictatorial trials, as well as the appearance of the idea of a "dictablanda" or nostalgic movements for Videla, Pinochet or Franco have led to a new politically oriented reading of these historical phenomena. The past, in essence, has been charged with new meaning, capable of articulating agendas, narratives and symbologies of new illiberal and authoritarian movements. This dossier starts from this point, from the recognition that the relationship between the past and the present constantly changes the perception of history and the deep meaning attributed to it by collectivities.
I regimi autoritari del mondo iberico e latinoamericano sono stati oggetto di differenti studi nell’ambito delle scienze sociali e di quelle umanistiche. Per diversi anni, ci si è interrogati sulla natura delle dittature, sui meccanismi della repressione e sul destino delle loro vittime. Sono derivate innumerevoli ricerche che hanno cercato di rispondere a una necessità concreta: non dimenticare una delle pagine più fosche della storia del subcontinente latinoamericano e della Penisola Iberica. Negli ultimi anni, fenomeni come il negazionismo delle dittature o del numero di vittime avvenute durante i processi dittatoriali, così come il comparire dell’idea di una “dittablanda” o di movimenti nostalgici di Videla, Pinochet o Franco hanno portato a una nuova lettura politicamente orientata di questi fenomeni storici. Il passato, in sostanza, si è caricato di un nuovo significato, capace di articolare agende, narrative e simbologie di nuovi movimenti illiberali e autoritari. Questo dossier parte da questo punto, dal riconoscimento che il rapporto tra passato e presente muta costantemente la percezione della storia e il significato profondo che a essa viene attribuito dalle collettività.