Organizados entre 1926 e 1974, os Concursos de Literatura Colonial portuguesa visavam construir uma biblioteca colonial que fosse capaz de servir como propaganda colonial e despertar na juventude o gosto pelas causas coloniais. Neste artigo, analisamos três obras inscritas nos concursos, entre 1926 e 1933, que foram desclassificadas, segundo a ata dos certames, por não servirem como propaganda colonial. A partir de Facêtas d’Angola (1926), Os Aventureiros da Selva (1929) e Na Costa d’África (1933), estamos interessados em entender as motivações concretas para a desclassificação das obras.
Organized between 1926 and 1974, the Portuguese Colonial Literature Competitions aimed to build a colonial library that could serve as colonial propaganda and awakening a taste for colonial causes in young people. In this article, we analyze three works entered in competitions, between 1926 and 1933, which were disqualified, according to the competition minutes, for not serving as colonial propaganda. We focus on Facêtas d’Angola (1926), Os Aventureiros da Selva (1929), and Na Costa d’África (1933), aiming to understand their specific disqualification motivations.