The article focuses on Tanta gente, Mariana (1959) with the aim of analysing the ways in which the author, through the trajectories of the protagonists, contributes to designing a geography of subalternity feminine. Both the space and its inhabitants are mirrors of a hostile context that confines these women inexorably out of place. The eponymous novel and “A Menina Arminda”, in particular, provide a reflection on the deaf revolt of all those women who, escaping the pre-established paths, refuse to conform to the roles of wives, mothers and good housewives.
O artigo centra-se na obra Tanta gente, Mariana (1959) com o intuito de analisar as maneiras com que a autora, através das trajetórias das protagonistas, contribui a desenhar uma geografia da subalternidade feminina. Tanto o espaço quanto os seus habitantes são espelhos de um contexto hostil que confina inexoravelmente estas mulheres fora do lugar. A novela epónima e “A menina Arminda”, nomeadamente, proporcionam uma reflexão sobre a revolta surda de todas aquelas mulheres que, escapando aos caminhos preestabelecidos, recusam se conformar ao papel de esposas, mães e boas donas de casa.