Este artículo presenta una investigación sobre las deudas de la aristocracia portuguesa entre los siglos XIV y XVI. Busca conciliar una secuencia cronológica con contextualizaciones más amplias, importantes para comprender la evolución del grupo, y con cuestiones heurísticas, tales como las tipologías documentales, las instituciones productoras de información y los fondos archivísticos necesarios para recolectar materiales que respondan a las preguntas de la investigación. Articulando descripción y problematización, se propone reflexionar sobre las formas de crédito y deuda en las que los diferentes sectores del grupo aristocrático estaban involucrados, no tanto desde una perspectiva binaria de riqueza/ruina (que también podría ser históricamente válida), sino como mecanismos que posibilitaban la expansión de los recursos y el «refuerzo» de las relaciones sociales.
Cet article présente une enquête sur les dettes de l’aristocratie portugaise entre les XIVe et XVIe siècles. Il cherche à concilier une séquence chronologique avec des contextualisations plus larges, essentielles pour comprendre l’évolution du groupe, et avec des questions d’ordre heuristique, telles que les typologies documentaires, les institutions productrices d’information et les fonds d'archives nécessaires pour recueillir des matériaux afin de répondre aux questions de la recherche. En articulant description et problématisation, l’article propose de réfléchir aux formes de crédit et de dettes auxquelles les différents secteurs de l’aristocratie étaient confrontés, non pas seulement à travers une perspective binaire de richesse/ruine (qui pourrait également être historiquement pertinente), mais plutôt comme des mécanismes permettant l’élargissement des ressources et le «réchauffement» des rapports sociaux.
Este artigo apresenta uma investigação em torno das dívidas da aristocracia portuguesa entre os séculos XIV e XVI. Procura conciliar sequência cronológica com contextualizações mais abrangentes, importantes para compreender a evolução do grupo, e com questões de ordem heurística, tais como as tipologias documentais, as instituições produtoras de informação e os fundos arquivísticos para recolher materiais para responder às perguntas da investigação. Articulando descrição e problematização, propõe-se pensar as formas de crédito e dívidas em que os diferentes quadrantes do grupo aristocrático estavam envolvidos não tanto através de uma perspetiva binária de riqueza/ruína (que também poderia ser historicamente válida), mas como mecanismos possibilitadores do alargamento de recursos e de «aquecimento» das relações sociais.