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Este artigo perspectiva a evolução da presença da emigração portuguesa nos mundos lusófonos coloniais e póscoloniais, encarando-a como prova do 'colonialismo subalterno' praticado pelo Portugal imperial, proposto por Boaventura de Sousa Santos, e como marca que distingue o seu projecto colonial daqueles empreendidos por outras potências colonizadoras. O facto que tal emigração � empreendida por elementos do centro metropolitano português, e também por aqueles das suas possessões coloniais � procurou refúgio para além dos limites coloniais de Portugal é também analizado como uma característica distintiva da identidade colonial do país, e como realidade que continua a existir enquanto Portugal procura um papel póscolonial digno de si. Propõe-se que a presença de emigrantes portugueses em várias partes do mundo, experimentando as mesmas dificuldades que emigrantes das suas ex-colónias, é uma realidade que incomoda Portugal póscolonial.
