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This paper aims to establish an evaluative paradigm of the authorial intricacies that, usually, incurs a writer whose work tends to be read as autobiography and then apply this critical view to the case of Luiz Pacheco, an author whose production has raised many problems which difficult a distant and critical reading of his texts. We will highlight the key moments in which this author questions and, at the same time, overcomes the reading trend that has been haunting his work, enabling the reader to envision the project initiated by the Surrealists, especially the Portuguese, protagonists of the "only real living tradition" and holders of modern art's ultimate transgression, the one that begins to sense the saturation of influence and remodels life in fuction of art, not art in function of life.
Este artigo tem como objetivos principais os de estabelecer um paradigma avaliativo dos meandros autorais em que incorre um escritor cuja obra é tendencialmente lida como autobiográfica e aplicar essa visao crítica ao caso de Luiz Pacheco, autor cuja obra tem levantado questoes e problemas que dificultam a leitura distanciadamente crítica dos seus textos. Destacaremos os principais momentos em que este autor cuestiona e, ao mesmo tempo, supera a leitura tendenciosa de que tem sido alvo a sua obra, possibilitando ao leitor vislumbrar a concretizaçao do projeto aberto pelos surrealistas, especialmente os portugueses, protagonistas da "única real tradiçao viva" e detentores da derradeira transgressao da arte moderna, a que sente já uma saturaçao da influência e que remodela a vida em funçao da arte, nao a arte em funçao da vida.
