El carácter represivo del sistema judicial sugiere la idea de una imposición ineludible. Esta visión es rebatida por el concepto de “estrategia de ruptura” con que Jacques Vergés postula la posibilidad de que el acusado no acate esa imposición por no reconocer el orden en que se funda ni la autoridad que la infiere. Este trabajo estudia los procesos judiciales representados en la literatura argentina del siglo XIX – cuando el sistema jurídico estaba aún en formación – como escenas de ruptura en que el acusado invierte la acusación y la dirige a sus jueces, representantes de un orden cuyos valores cuestiona. Martin Fierro, Juan Moreira y el unitario de El matadero, todos enfrentan a la justicia y sus mecanismos. Leo aquí ese enfrentamiento, a partir de las consideraciones benjaminianas sobre una violencia conservadora y una fundadora, como proceso dialéctico en que el derecho necesariamente se constituye. Tengo en cuenta asimismo las reflexiones de Derrida sobre el fundamento de la autoridad y las consecuencias del “olvido” de la conformación histórico-política de la concepción de lo ilícito al examinar los procesos judiciales de estos textos como arena de lucha en que dos órdenes se disputan la imposición de nombres, valores y derechos divergentes.
The repressive nature of the judicial system suggests that its imposition ins inescapable. Jacques Vergés' "rupture strategy" refutes this idea by proposing that the person who is being accused does not necessarily have to tolerate the imposition if he or she does not recognize the ligitimacy of the authority imposing it. This sutdy analyzes the prosecutions represented in Argentinean literature of the 19th Century as rupture scenes, in which the prosecuted reverses the accusation towards the authority and the values it embodies. Martin Fierro, Juan Moreira and "el unitario" from El matadero, all confront the law and its mechanisms. I study that confrontation as a dialectic process in chich the law is constituted by the interaction of what Benjamin called "conservative violence" and "foundational violence". In addition, I willl focus on these scenes as the arena where two systems contest the imposition of names, values, and rights. In order to do so I will take into consideration Derrida´s reflections on the foundations of authority as well as the consequences of the concealment of the historical and political construction of what is considered to be unlawful.
O caráter repressivo do sistema judicial sugere a ideia de uma imposição ineludível. Esta visão é rebatida pelo conceito de “estrategia de ruptura” com que Jacques Vergés postula a possibilidade de que o acusado não acate esta imposição por não reconhecer a ordem na qual se funda a autoridade que a infere. Este trabalho estuda os processos judiciais representados na literatura argentina no século XIX – quando o sistema jurídico estava ainda em formação – como cenas de ruptura em que o acusado inverte a acusação e a dirige a seus juízes, representantes de uma ordem cujos valores questiona. Martin Fierro, Juan Moreira e o unitário de El matadero, todos enfrentam a justiça e seus mecanismos. Leio aqui esse enfrentamento, a partir das considerações de Benjamin sobre uma violência conservadora e uma fundadora, como processo dialético em que o direito necessariamente se constitui. Considero também as reflexões de Derrida sobre o fundamento da autoridade e das consequências do esquecimento da conformação histórico-política da concepção do lícito ao examinar processos judiciais destes textos como arena de luta em que duas ordens disputam a imposição de nomes, valores e direitos divergentes.