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Resumen Este trabajo analiza cómo se leyó el surrealismo en aquellos momentos donde parecía amenazado por el fracaso de sus propósitos. Distintos escritos de Walter Benjamin, Georges Bataille y Maurice Blanchot se acercan a esta cuestión en el marco de una serie de discusiones que, aunque distanciadas en años y por la catástrofe de la Segunda Guerra Mundial, parecen insistir en la misma cuestión: si acaso el arte es capaz de señalar a la vida política caminos posibles. Esta pregunta no puede provenir sino de un desplazamiento: de la lectura del manifiesto a la lectura de "políticas de la creación". "Iluminación profana" (Benjamin), "ausencia de comunidad" (Bataille) y "distancia íntima" (Blanchot) son las figuras con las cuales estos autores señalan las supervivencias del surrealismo.
Abstract The paper analyzes how surrealism was read at the time when its objectives seemed to be doomed to failure. In different writings, Walter Benjamin, Georges Bataille, and Maurice Blanchot address this issue, within the framework of a series of discussions that, although distanced in time and by the catastrophe of World War II, seem to insist on the same question: whether art is capable of pointing out possible paths for political life. This question can only arise as a result of a displacement: from reading the manifesto to reading the "politics of creation". "Profane illumination" (Benjamin), "absence of community" (Bataille), and "intimate distance" (Blanchot) are the figures that evince the persistence of surrealism in these authors.
Resumo Este trabalho analisa como o surrealismo foi lido naqueles momentos em que parecia ameaçado pelo fracasso de seus propósitos. Diferentes escritos de Walter Benjamin, Georges Bataille e Maurice Blanchot aproximam-se dessa questão no âmbito de uma série de discussöes que, ainda que distanciadas em anos e pela catástrofe da Segunda Guerra Mundial, parecem insistir na mesma questão: se, por acaso, a arte é capaz de mostrar caminhos possíveis à vida política. Essa pergunta pode surgir apenas de um deslocamento: da leitura do manifesto à leitura de "políticas da criação". "Iluminação profana" (Benjamin), "ausência de comunidade" (Bataille) e "distância íntima" (Blanchot) são as figuras com as quais esses autores apontam a sobrevivência do surrealismo.
