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Judite A. Gonçalves de Freitas
En la Baja Edad Media el rey espera tener ingresos suficientes para garantizar el funcionamiento de los órganos de su corte. Con el tiempo, las necesidades de control de las finanzas cortesanas conducen a reformas legales y administrativas que determinan la aparición de agentes especializados en asuntos financieros. Sin embargo, el desarrollo de las prácticas financieras del Estado arrastra el incremento de los mecanismos económicos, en particular la elaboración de listas de gastos e ingresos, visando el control de las cuentas regnícolas. Los archivos de la administración financiera de la Corte se convierten en importantes mecanismos para el control de las pérdidas y las ganancias. No obstante, la vida de la Corte no asienta únicamente en los datos cuantitativos, sino que depende de un sistema de relaciones interpersonales que pueden alterar los presupuestos previstos para gastar. En este ensayo, por lo tanto, se insistirá sobre la dinámica de la actividad hacendística y administrativa de la Corte del rey de Portugal durante los siglos XIV y XV.
À la fin du Moyen Âge, le roi s'attend à avoir un revenu suffisant pour garantir le bon fonctionnement des organes de sa cour. Au fil du temps, les besoins en matière de contrôle des finances courtisanes conduisent à des réformes juridiques et administratives qui déterminent l'apparition d'agents spécialisés dans les questions financières. Le développement des pratiques financières de l'État suppose l’augmentation des mécanismes de type budgétaire, en particulier l'élaboration de listes de dépenses et des revenus pour le contrôle des comptes «publics». Les archives de l'administration financière de la cour deviennent des mécanismes de contrôle des gains et des pertes. Toutefois, la vie de la cour ne repose pas uniquement sur des données quantitatives, mais aussi sur un système de relations interpersonnelles qui peuvent modifier les montants à verser. Cet essai présente ces évolutions de l’activité financière de la Cour du roi du Portugal aux XIVe et XVe siècles.
Na Idade Média Final o rei espera ter ingressos suficientes para garantir o bom funcionamento dos órgãos da sua Corte. Com o tempo, as necessidades de controlo das finanças cortesãs conduzem a reformas legais e administrativas que determinam o aparecimento de agentes especializados em assuntos financeiros. O desenvolvimento das práticas financeiras do Estado conduz ao incremento dos mecanismos de tesouraria, em particular a elaboração de listas de despesas e receitas, visando o controlo das contas reinícolas. Os arquivos da administração financeira da Corte convertem-se, mormente no século XV, em importantes mecanismos de controlo das perdas e ganhos. Não obstante, a vida na Corte não assenta somente em dados quantitativos, depende de um sistema de relações interpessoais que podem alterar os valores orçamentais previstos. Este ensaio apresenta a evolução da atividade fazendária e administrativa da Corte do Reis de Portugal nos séculos XIV e XV.
