Aires Pereira do Couto
Following one of the precepts of poetic creation in Renaissance, it was common to imitate or transcribe expressions, phrases, verses, or use Greco-Latin classical exempla.
From all sources of the work of the Portuguese poet and humanist Ignatius de Morais, the Latin poet Virgil stands out; his reminiscences are widely disseminated throughout the work of Ignatius de Morais. The traces and echoes from the readings of the Virgilian work resounded in the spirit of the Portuguese humanist, who transcribed or adapted whole verses, hemistiches, or simple expressions, or drew on them to illustrate events through appropriate parallels or comparisons between figures or facts.
This study reveals the echoes of the Mantuan in the work of Ignatius de Morais and shows how he was able to draw, with remarkable mastery and sensitivity, on the Virgilian tones to give an even greater brilliance and majesty to his inspired works.
Seguindo um dos preceitos da criação poética no Renascimento, era habitual a imitação ou transcrição de expressões, frases, versos, ou o recurso a exempla clássicos greco-latinos.
No conjunto das fontes da obra do poeta e humanista português Inácio de Morais, destaca-se o poeta latino Virgílio, cujas reminiscências se encontram profusamente disseminadas ao longo da obra de Inácio de Morais. As marcas e ecos das leituras da obra virgiliana ressoavam no espírito do humanista português, que delas transcreveu ou adaptou versos inteiros, hemistíquios, ou simples expressões, ou nelas se inspirou para ilustrar acontecimentos, através de oportunos paralelismos ou comparações entre figuras ou factos.
Este estudo revela os ecos do mantuano na obra de Inácio de Morais e mostra como este soube inspirar-se, com notável mestria e sensibilidade, nos tons virgilianos para dar ainda maior brilho e majestade às suas inspiradas obras.