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Sebastián Moreno Barreneche
La ficción distópica es un género discursivo conformado por productos culturales (textos literarios, películas, series) orientados a producir un tipo particular de efectos de sentido en el lector modelo: idealmente, al consumirlos, los lectores serán capaces de realizar una evaluación crítica de sus circunstancias sociopolíticas. Por lo tanto, la ficción distópica, que es un discurso ficcional, pretende ser motor del cambio sociopolítico mediante la intervención en la esfera discursiva de lo no ficcional. Este artículo se aproxima al género de la ficción distópica en literatura desde una perspectiva semiótica. Específicamente, estudia el tipo de imaginación y de construcción de mundos posibles que lo definen. La tesis que presenta es que la ficción distópica se caracteriza por una construcción de futuros que son plausibles, esto es, que tienen un anclaje en la realidad tal cual es y que, por lo tanto, son viables, a diferencia de lo que ocurre en la ciencia ficción
Dystopian fiction is a discursive genre made up of cultural products (literary texts, movies, series) aimed at producing a particular type of effects of sense in the model reader: ideally, in consuming them, readers will be capable of conducting a critical evaluation of their socio-political circumstances. Thus, dystopian fiction – which is a fictional discourse – aims at being the source of socio-political change through the intervention in the discursive sphere of the non-fictional. This article approaches the genre of dystopian fiction in literature from a semiotic perspective. Specifically, it focuses on studying the type of imagination and construction of possible worlds that define it. The thesis it presents is that dystopian fiction is characterised by a construction of futures that are plausible, that is, that have an anchorage in reality as it is and are therefore viable,unlike what happens in science fiction.
A ficção distópica é um género discursivo composto por produtos culturais (textos literários, filmes, series) destinados a produzir um tipo particular de efeitos de sentido no leitor modelo: idealmente, ao consumir esses produtos, os leitores serão capazes de fazer uma avaliação crítica das suas circunstâncias sociopolíticas. Assim, a ficção distópica, que é um discurso ficcional, pretende ser motor de mudança sócio-política mediante a intervenção na esfera discursiva do não ficcional. Este artigo aborda o génerode ficção distópica em literatura a partir de uma perspectiva semiótica. Especificamente, concentra-se no estudo do tipo de imaginação e construção dos mundos possíveis que o definem. A tese que apresenta é que a ficção distópica é caracterizada por uma construção de futuros que são plausíveis, ou seja, que têm uma ancoragem na realidade tal como ela é e são portanto viáveis, ao contrário do que ocorre na ficção científica.
