Acceso usuarios
Alain Pascal Kaly
The industrial revolution allowed, from the 19th century on ward, the emergence and consolidation of human and social sciences in order to scientifically legitimize the nearly–divine superiority of the White Man along with his cultural practices due to the productions of Euro-American scientific authorities. The denial of this facts a political, ideological, academic, and theological culture to legitimize the godly and sacred exceptionality of the white Man. Our aim is to analyse some important events of some political parties in Brazil and worldwide, showing how Blacks, Mixed-bloods, Indians, and a few re-humanized white men used the refusal of the denial of sciences their pillars of political, academic, cultural, and spiritual weapon to fight in the name of humanity, humanism, and democracy for all. That’s the reason why our analysis will lay emphasis on the consequences of Nelson Mandela’s post-apartheid regime up on ethnicized democracies; the negative effects of institutionalizing the culture of denial by the Brazilian state; and finally: how that same state has been the main and first responsible of ignoring the black Brazilian.
À partir du XIXe siècle, la révolution industrielle a permis l’émergence et la consolidation des sciences humaines et sociales dans le monde occidental pour légitimer « scientifiquement » la supériorité presque divine du Blanc et de ses pratiques culturelles grâce aux travaux d’éminents scientifiques euro-américains. Le négationnisme de ce fait est une culture politique, idéologique, académique et théologique pour légitimer l’exceptionnalité divine et sacrée du blanc. Notre réflexion prétend analyser certains des grands moments des mouvements politiques et politisés, aussi bien au Brésil qu’à l’échelle transcontinentale et trans-ethnique, comment des, Noir-e-s, des métis, indien-ne-s et certains blancs ré-humanisés ont fait du rejet du négationnisme des sciences leurs piliers de lutte politique, académique, culturelle et spirituelle au nom de l’humanité, de l’humanisme et de la démocratie plus inclusive. C’est pourquoi notre analyse tournera autour des impacts positifs du régime post-apartheid de Nelson Mandela dans les démocratiques ethnicisées ; les effets négatifs de l’institutionnalisation de la culture du négationnisme par l’État brésilien et finalement comment ce même État a été le principal et le premier garant du déni du brésilien noir.
A partir do século XIX, a revolução industrial possibilitou o surgimento e a consolidação das ciências humanas e sociais no mundo ocidental para legitimar « cientificamente » a superioridade quase divina do Branco e de suas práticas culturais graças às pesquisas de eminentes scientistas euro-americanos. O negacionismo é de fato uma cultura política, ideológica, acadêmica e teológica para legitimar a excepcionalidade divina e sagrada do Branco. Nossa reflexão pretende analizar alguns dos maiores movimentos políticos e politizados, no Brasil como também no plano transcontinental e transétnicos, como negros e negras, mestiço-a-s, indígenas e alguns brancos ré-humanizados fizerem da rejeição do negacionismo das ciências seus pilares de luta política, acadêmicas, culturais e espirituais em nome da humanidade, do humanismo e da democracia mais inclusiva. Por isso que a nossa análise vai girar em torno dos impactos positivos do regime pós-apartheid de Nelson Mandela nas democracias etnicisadas; os efeitos negativos da institucionalização da cultura do negacionismo pelo Estado brasileiro e finalmente como o mesmo Estado foi o principal e o primeiro fiador da negação do brasileiro negro.
