Resumen En este artículo investigamos si el efecto bouba-kiki (Ramachandran y Hubbard, 2001), una asociación multimodal entre sonidos y formas, influye en el comportamiento de hablantes nativos de Portugués Brasileño (PB) durante una tarea de denominación libre de pares de figuras. Para ello, realizamos un experimento de producción escrita con hablantes de PB y analizamos sus resultados con modelos lineales mixtos. Identificamos que los segmentos /p/, /t/ y /i/ eran más probables en nombres de formas puntiagudas, mientras los segmentos /l/, /o/ y /u/ fueran más utilizados para nombrar formas redondas. En seguida, mapeamos si hubo preferencias en cuanto a parámetros sonoros para nombrar las diferentes formas. Obstruyentes sordas y vocales altas/anteriores fueran preferiblemente utilizadas para nombrar formas puntiagudas, y formas redondas recibieron más nombres con vocales redondeadas/posteriores y consonantes sonantes.
Abstract This paper investigates whether the bouba-kiki effect (Ramachandran and Hubbard, 2001) does appear in the behavior of native Brazilian Portuguese (BP) speakers during a free naming task of picture pairs. We carried out a written production experiment with BP speakers. We performed a statistical analysis using mixed linear models in which we identified the segments /p/, /t/ and /i/ were more likely to be used for naming pointed shapes and the segments /l/, /o/ and / u/ for round shapes. Then we mapped whether there are preferences regarding sound parameters to name the different shapes. Voiceless obstruents were more common in the names of pointy forms, while sonorants were more frequently used to name pointy forms.
Resumo Este artigo investiga se o efeito bouba-kiki (Ramachandran e Hubbard, 2001), uma associação multimodal entre sons e formas, pode ser identificado no comportamento de falantes nativos do Português Brasileiro (PB) durante a nomeação livre de pares de figuras. Para isso, realizamos um experimento de produção escrita com falantes de PB. Analisamos os dados estatisticamente por meio de modelos lineares mistos e identificamos que os segmentos /p/, /t/ e /i/ tiveram maior chance de serem usados para nomeação de formas pontudas e os segmentos /l/, /o/ e /u/ para formas redondas. Em seguida, mapeamos se há preferências quanto aos parâmetros sonoros para nomear as diferentes formas. Obstruintes desvozeadas foram mais comuns em nomes de formas pontudas, enquanto soantes foram mais empregadas para nomear formas redondas.