Santiago, Chile
Centrada en los vagabundeos de una argentina por Heidelberg luego de un impulsivo viaje, La habitación alemana(2017), de la escritora argentina Carla Maliandi, aborda la movilidad sin rumbo tanto como viaje de desterritorialización de lo conocido, como desplazamiento indagatorio y tentativo hacia las vivencias de una infancia marcada por el exilio. Por un lado, se estudia la errancia como una movilidad que se sitúa entre los conceptos de espacio liso y espacio estriado, propuestos por Deleuze y Guattari; y, por otro, el modo en que este tipo de movilidad puede ser entendida como una fuerza que conecta con el carácter vibrante del entorno, para crear, así, un paisaje afectivo caracterizado por la nostalgia. En sintonía con la falta de dirección de los recorridos, la nostalgia no solo supone una vuelta al pasado, sino sobre todo un impulso hacia un futuro de lo posible que cuestiona las categorías espaciotemporales.
Centered on an Argentine woman’s wanderings through Heidelberg after an impulsive trip, La habitación alemana(2017), by Argentine writer Carla Maliandi, depicts aimless movement both as a journey of deterritorialization from the familiar, and as an investigative and tentative shift toward the experiences of a childhood marked by exile. On the one hand, wanderingcan be read as a movement that lies between the concepts of smooth space and striated space, as proposed by Deleuze and Guattari. On the other hand, wandering is a type of movement that can be understood as a force that connects with the vibrant nature ofthe environment, thus creating an affective landscape characterized by nostalgia. In line with the lack of direction in these journeys, nostalgia implies not only a return to the past but, primarily, an impulse toward a future of possibilities that questions spatiotemporal categories.
Focada nas divagações de uma argentina por Heidelberg após uma viagem impulsiva, La habitación alemana(2017), da escritora argentina Carla Maliandi, aborda a mobilidade sem rumo tanto como uma viagem de desterritorialização do conhecido, quanto como um deslocamento indagativo e provisório em direção às experiências de uma infância marcada pelo exílio. Por um lado, estuda-se a errância como uma mobilidade que se situa entre os conceitos de espaço liso e espaço estriado, propostos por Deleuze e Guattari; e, por outro lado, a maneira como esse tipo de mobilidade pode ser entendida como uma força que se conecta com o caráter vibrante do ambiente, criando assim uma paisagem afetiva caracterizada pela nostalgia. Em sintonia com a falta de direção dos percursos, anostalgia não implica apenas um retorno ao passado, mas principalmente um impulso em direção a um futuro do possível que questiona as categorias espaço-temporais.