Este artigo analisa os usos evidenciais dêiticos de suponer e imaginar no espanhol com o propósito de elucidar suas características gramaticais e a interação com a modalidade epistêmica. Baseamo-nos na Gramática Discursivo-Funcional (GDF) (Hengeveld & Mackenzie 2008) e em alguns desenvolvimentos da teoria sobre evidencialidade e modalidade (Hengeveld & Dall’Aglio-Hattnher 2015; Dall’Aglio-Hattnher & Hengeveld 2016; Hengeveld & Fischer 2018). Selecionamos as ocorrências a partir do CORPES XXI e analisamos quantitativamente nossos dados mediante o SPSS. Os resultados mostraram que os verbos (i) diferenciam-se quanto às funções evidenciais desempenhadas: suponer veiculou Inferências, - e, em um uso parentético, defendemos uma leitura de Reportatividade -, e imaginar, Inferência, Dedução e Percepção de evento; (ii) aproximam-se no que diz respeito à aparente interação com a dimensão do comprometimento e à localização temporal absoluta presente. Na análise morfossintática, verificamos uma tendência geral pela omissão do pronome pessoal, que pode ter sido acentuada pela presença de modalidade epistêmica no escopo. A característica morfossintática relativa ao formato da oração completiva mostrou refletir diferenças semânticas em termos de valores evidenciais, estando a Inferência e a Dedução relacionadas ao formato finito e a Percepção de evento, ao formato não finito.