Luiza De Oliveira, Willian André
En este artículo presentamos reflexiones sobre la reinterpretación de Lázaro, el personaje bíblico, en dos producciones literarias del siglo xx: el poema “Lady Lazarus”, de Sylvia Plath, y la novela Lázaro, de Hilda Hilst. A través de esta lectura comparativa —que aquí se presenta no como una estructura cerrada de tópicos, sino en fragmentos reflexivos abiertos, acentuados por un ejercicio de estilo—, buscamos mostrar y comentar formas modernas de apropiación de una narrativa que se remonta a los inicios de la cultura occidental. Para reforzar el elemento intertextual, reunimos otras reinterpretaciones sobre el mismo personaje y recurrimos, principalmente, a consideraciones sobre los temas de la angustia y la muerte. La trayectoria reflexiva muestra una apropiación de Lázaro como subversión, que mantiene la resurrección del personaje, pero no para mostrar el triunfo de la vida sobre la muerte.
Neste artigo apresentamos algumas reflexões sobre a releitura do personagem bíblico Lázaro em duas produções literárias do século 20: o poema “Lady Lazarus”, de Sylvia Plath, e a narrativa Lázaro, de Hilda Hilst. Por meio dessa leitura comparada —que aqui se apresenta não tanto uma estrutura fechada de tópicos, mas sim em fragmentos reflexivos abertos, acentuados por certo exercício de estilo—, procuramos mostrar e comentar formas modernas de apropriação de uma narrativa que remonta aos primórdios da cultura ocidental. Para reforçar o elemento intertextual, tangenciamos outras releituras sobre o mesmo personagem, e, principalmente, recorremos a ponderações sobre as temáticas da angústia e da morte. O percurso reflexivo mostra uma apropriação de Lázaro que se constrói em caráter de subversão, mantendo a ressurreição do personagem não para mostrar o triunfo da vida sobre a morte, mas sim o seu oposto.
In this article, we propose reflections on the reinterpretation of Lazarus, the biblical character, in two literary works from the 20th Century: the poem “Lady Lazarus”, by Sylvia Plath, and the novella Lázaro, by Hilda Hilst. By means of this comparative reading, presented here not as a closed and topicalized structure, but as an open gathering of reflective fragments, underlined by an exercise of style, we aim at showing and commenting modern forms of appropriation of a narrative that echoes back to the beginnings of Western culture. To emphasize the intertextual element, we bring up some other reinterpretations of the same character; we resort, mainly, to considerations on the themes of anguish/dread and death. The reflective path shows an appropriation of Lazarus as subversion that keeps the character’s resurrection not to emphasize the triumph of life over death.