Cintia Carrió
La discusión sobre la enseñanza de la gramática no es nueva en Argentina. La desaparición de esta enseñanza se pregona erráticamente desde los fundamentos de la Ley Federal de Educación del periodo menemista, aun cuando los mismos contenidos gramaticales fueran recuperados en los Contenidos Básicos Comunes. Si bien el discurso antigramática (oracional) se arraigó en las escuelas como resultado de la oferta del mercado editorial, en la academia hubo muchas voces que contrargumentaron ese posicionamiento. Las discusiones didácticas en el país han sido sólidas e incluso propositivas, por lo que vale la pena analizar los motivos de su persistencia, teniendo en cuenta el diagnóstico de las aulas, y corriendo el riesgo de ser políticamente incorrectos. En este escrito se repasan momentos relevantes que constituyen la discusión respecto de la enseñanza de la gramática oracional en Argentina; se repasan lo que asumimos son las bases necesarias para un cambio en la manera de ver el problema del área de Lengua en las escuelas; y se reflexiona respecto de la importancia de la inclusión de las variedades no estándares en las clases de lengua para darle sentido al, que asumimos como, objetivo del área: aprender a pensar en la lengua y con la lengua.
A discussão sobre o ensino da gramática não é nova na Argentina. O desaparecimento do ensino da gramática tem sido proclamado de forma errática desde os fundamentos da Lei Federal de Educação do período menemista, mesmo quando os mesmos conteúdos gramaticais foram recuperados nos Conteúdos Básicos Comuns. Embora o discurso antigramatical (oracional) estivesse profundamente enraizado nas escolas em decorrência da oferta do mercado editorial, havia muitas vozes na academia que contra-argumentavam essa posição. As discussões didáticas no país têm sido sólidas e até propositivas, por isso vale a pena analisar as razões de sua persistência, levando em conta o diagnóstico das salas de aula e correndo o risco de ser politicamente incorreto. Neste artigo, revisamos momentos relevantes que constituem a discussão sobre o ensino da gramática de frases na Argentina; revisamos o que supomos ser as bases necessárias para uma mudança na forma de encarar o problema da área de linguagem nas escolas; e refletimos sobre a importância de incluir variedades não-padrão nas aulas de linguagem para dar sentido ao que supomos ser o objetivo da área: aprender a pensar na linguagem e com a linguagem.
The discussion on the teaching of grammar is not new in Argentina. The disappearance of this teaching has been erratically proclaimed since the foundations of the Federal Education Law of the Menemist period, even when the same grammatical contents were recovered in the Common Basic Contents. Although the anti-grammar (orational) discourse was deeply rooted in schools due to the supply of the publishing market, many voices in the academy counter-argued this position. The didactic discussions in the country have been solid and even propositive, so it is worthwhile to analyze the reasons for their persistence, taking into account the diagnosis of the classrooms and running the risk of being politically incorrect. In this paper, we review relevant moments that constitute the discussion on the teaching of sentence grammar in Argentina; we review what we assume to be the necessary bases for a change in the way of looking at the problem of the area of language in schools; and we reflect on the importance of the inclusion of non-standard varieties in language classes in order to give meaning to what we assume to be the objective of the area: learning to think on language and with the language.