From plurilingualism to the gesture of translation, this essay proposes a comprehensive reading of distinct glotopolitical crossings in literary writing. I revisit the works of writers whose practice is structured by a linguistic overlapping, as well as by the political consciousness of the colonial hierarchies to which they are subject. Through essays by Jacques Derrida and Sylvia Molloy, I foreground the compositional processes of Latin American writers Copi and Alejandra Pizarnik as unavoidable landmarks of this creative in-between. From the transit between languages, I draw axes capable of guiding a systematization of these glotopolitical dimensions in literary creation.
Do plurilinguismo ao gesto tradutório, propõe-se neste ensaio uma leitura abrangente de distintos atravessamentos glotopolíticos na escrita literária. Para tanto, retomam-se escritores cuja prática se estrutura a partir de sobreposições linguísticas, bem como sob a consciência política — que transparece no movimento criador — das hierarquizações coloniais a que estão sujeitos. Por meio de ensaios de Jacques Derrida e Sylvia Molloy, coloco em primeiro plano os processos composicionais de dois escritores latino-americanos — Copi e Alejandra Pizarnik — enquanto marcos incontornáveis desse entrelugar criador. Nos trânsitos por entre as línguas surgem eixos capazes de orientar uma sistematização possível dessas dimensões glotopolíticas da criação.