Este artículo pretende delinear algunas tendencias en el uso y conceptualización del ensayo en la crítica literaria latinoamericana, más específicamente en la intersección entre Argentina y Brasil. A través de la lectura de algunos textos seminales sobre el ensayo como género y de otros textos latinoamericanos publicados en las últimas dos décadas, argumentamos la existencia de un "partido de la incertidumbre" que insiste en la indeterminación como característica de la forma ensayo. Argumentaremos, sin embargo, que una potencialidad ilimitada del ensayo, cuando se institucionaliza, puede conducir a una pérdida del potencial político de la forma. Por ello, trataremos de señalar algunas posibles relaciones entre ensayo y política que reaparecen incluso en discursos que pretenden distanciar la forma ensayística de la disputa política.
This article tries to define some tendencies of use and conceptualization of the essay in Latin-American literary criticism, more specifically in the intercession between Argentina and Brazil. Through the reading of some seminal texts on the essay as a genre and some Latin-American texts published on the last two decades, we argue that there is an “uncertainty party” that insists on the indetermination as a defining feature of the essay form. We argue, however, that an unlimited potentiality of the essay, when institutionalized, can lead to a loss of political potential for this form. Therefore, we will try to point to some possible relations between essay and politics that reappear even in those discourses that try to push away the essay form from the political dispute.
Este artigo pretende delimitar algumas tendências do uso e da conceptualização do ensaio na crítica literária latino-americana, mais especificamente na intercessão entre Argentina e Brasil. Por meio da leitura de alguns textos seminais acerca do ensaio como gênero e de outros, latino-americanos, publicados nas últimas duas décadas, argumenta-se pela existência de um “partido da incerteza” que insiste na indeterminação como característica da forma ensaio. Argumentaremos, no entanto, que uma ilimitada potencialidade do ensaio, quando institucionalizada, pode levar a uma perda de potencial político da forma. Buscaremos apontar, portanto, algumas relações possíveis entre ensaio e política que reaparecem mesmo nos discursos que buscam afastar a forma ensaística da disputa política.