This article aims to observe the relationship between ideology and myth in the work of the Peruvian writer José Maria Arguedes, considering José Carlos Mariátegui’s work. The incorporation of myth in the literary discourse is a political-artistic project found both in the criticism and in the work of these writers, as analyzed by Ángel Rama and Antonio Candido, which established a certain dominant epistemology in Latin-American critic discourse. The purpose here is to explore, from a perspective of Critique of Postcolonial and Subaltern Studies, this relationship between myth, underdevelopment and ideology in literature, aiming to observe whether this same relation operates on the base of a possible “epistemology trap” of Latin-American critical and cultural production, with implications in the narratives produced and in the hermeneutic project of the Continent.
Este artigo pretende observar a relação entre ideologia e mito na obra do escritor peruano José María Arguedas à luz da obra de José Carlos Mariátegui. A incorporação do mito no discurso literário é um projeto político-artístico presente tanto na crítica quanto na obra dos escritores, como analisado por Ángel Rama e Antonio Candido, o que instituiu certa epistemologia dominante no discurso crítico latino-americano. Pretende-se explorar, a partir da perspectiva de uma Crítica da Subalternidade e dos Estudos Pós-coloniais, esta relação entre o mito, o subdesenvolvimento e a ideologia na literatura, procurando observar se esta mesma relação opera na base de uma possível “cilada epistemológica” da produção crítica e cultural latino-americanas com implicações nas narrativas produzidas e no projeto hermenêutico do Continente.