La teoría de la traducción literaria ha dejado de comprender la fidelidad al original y la creatividad del traductor como conceptos opuestos. La fidelidad ya no se entiende como traducción “palabra por palabra” sino como la identificación y trasposición de los elementos significantes de la obra original, y la creatividad del traductor es vista como su capacidad para identificar dichos elementos y hallar para ellos equivalencias funcionales con medios lingüísticos y estilísticos a menudo muy diferentes de los originales.
Sin embargo, la creatividad del traductor, mal entendida, puede llevar a intervenciones arbitrarias sobre el texto original que conduzcan a la llamada ilusión de traducción, o seudotraducción. En la nota se examinan tres ejemplos de ilusión de traducción y se comentan las consecuencias negativas del fenómeno.
Además de poner en tela de juicio la responsabilidad de los traductores, se llama la atención sobre la de las editoriales que publican traducciones sin un adecuado control editorial de calidad
A teoria da tradução literária deixa de compreender a fidelidade ao original e a criatividade do tradutor como conceitos opostos. A fidelidade já não é entendida como tradução “palavra por palavra”, mas sim como a identificação e a transposição dos elementos significantes da obra original; a criatividade do tradutor é vista como sua capacidade para identificar esses elementos e encontrar, para eles, equivalências funcionais com meios linguísticos e estilísticos frequentemente muito diferentes dos originais. Contudo, a criatividade do tradutor, mal-entendida, pode levar a intervenções arbitrárias sobre o texto original que levam à chamada ilusão de tradução ou pseudotradução. Nessa nota, examinam-se três exemplos de ilusão de tradução e comentam-se as consequências negativas do fenômeno. Além de trazer à discussão a responsabilidade dos tradutores individuais, faz-se uma advertência sobre a responsabilidade das editoras que publicam traduções sem um adequado controle editorial de qualidade.
Literary translation theory no longer understands the fidelity to the original and the creativity of the translator as opposing concepts. Fidelity is no longer understood as the “word by word” translation, but rather as the identification and transposition of the significant elements of the original work, while the creativity of the translator is interpreted as his/her capacity to identify said elements and find functional equivalences for them, often with linguistic and stylistic resources that are very different from those in the original. However, when misunderstood, the creativity of the translator can lead to arbitrary interventions to the original text, thus leading to the so-called illusion of translation or pseudo-translation.
The note examines three examples of illusion of translation and discusses the negative consequences of the phenomenon. In addition to calling into question the responsibility of translators, the article draws attention to the responsibility of those publishing houses that publish translations without adequate editorial quality control.