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México
En Los Recuerdos del Porvenir, Elena Garro revisa la problemática situación sociocultural mexicana, mediante un tipo femenino específico, las cuscas o jóvenes prostitutas, víctimas de una violencia naturalizada como formato ideológico. A partir de los textos de Philippe Bourgois, Pierre Bourdieu, Johan Galtung y Nancy Scheper-Hughes se propone la lectura del modelo de violencia literal y simbólica. El tratamiento de estas personalidades de ficción muestra cómo la violencia estructural permea en las relaciones sociales mediante una red de prejuicios y coacciones articuladas que impiden su liberación. A través de los rasgos definidos para el conjunto de prostitutas, se puede extrapolar una lectura de la identidad nacional, que la autora dispone como prospectiva para circunscribir el porvenir. Se concluye confirmando la literatura de Garro como un hacer político comprometido, por la posición crítica ante cualquier discriminación social y la revaloración de los sectores postergados por el poder.
In Los Recuerdos del Porvenir, Elena Garro addresses the problematic Mexican sociocultural situation through the female type of the cuscas,or young prostitutes, victims of violence naturalized as an ideological format. This article presents a reading of the novel’s models of literal and symbolic violence through the work of Philippe Bourgois, Pierre Bourdieu, Johan Galtung and Nancy Scheper-Hughes. The representation of these fictional characters in Garro’s novel shows how structural violence permeates social relations through a network of prejudices and systems of oppression that prevent the cuscas’liberation. The characteristics given to the prostitutes in the novel articulate an argument about national identity, which for the author present a potential to define the future. The article concludes by confirming Garro's literature as a committed political activity, due to its critical position in the face of any social discrimination and the revaluation of the sectors neglected by power.
Em Los Recuerdos del Porvenir, Elena Garro analisa a problemática situação sociocultural mexicana, através de um tipo feminino específico, as cuscas ou jovens prostitutas, vítimas de violência naturalizadas como formato ideológico.Com base nos textos de Philippe Bourgois, Pierre Bourdieu, Johan Galtung e Nancy Scheper-Hughes, propõe-se uma leitura do modelo de violência literal e simbólica. O tratamento destas personalidades ficcionais mostra como a violencia estrutural permeia as relações sociais através de uma rede de preconceitos e coerções articuladas que impedem a sua libertação. Através das características definidas para o conjunto das prostitutas, pode-se extrapolar uma leitura da identidade nacional, que o autor tem como perspectiva de circunscrever o futuro. Conclui confirmando a literatura de Garro como uma atividade política comprometida, devido à suaposição crítica diante de qualquer discriminação social e da revalorização de setores negligenciados pelo poder.
